Se é docente, certamente já ouviu, algures na sua carreira, que a Educação precisa de ser repensada, que os processos são antiquados e que as crianças não têm interesse na escola. Existe a vontade expressa de aplicar estratégias de ensino que em Portugal ainda estão por explorar.

Contudo, após algumas mudanças estruturais e, principalmente, burocráticas por parte da gestão do ensino público ao longo dos últimos anos, continua muito presente a ideia de que o esforço não é suficiente para preparar os jovens para o futuro profissional. Temos consciência de que o ensino secundário ainda está muito reduzido à preparação para a entrada no ensino superior, que cada vez é mais difícil captar a atenção das novas gerações e que o abandono e o insucesso escolar são problemas persistentes, mesmo nos dias que correm.

Apesar de haver um número crescente de soluções tecnológicas desenhadas para a educação, as chamadas soluções EdTech, ainda há muita resistência em adotar ferramentas de apoio à aprendizagem, principalmente as digitais. Entenda-se que as ferramentas não tornam os professores melhores no seu trabalho. A pedagogia é e sempre será a parte mais importante do processo de ensino/aprendizagem. Porém, existem ferramentas e métodos que já estão comprovados como eficazes e ajudam o docente a conseguir atingir os seus objetivos mais facilmente.

Na BCN, acreditamos que os recursos STEAM e outras ferramentas EdTech são um ótimo complemento do ensino e servem para facilitar, não atrapalhar ou distrair. Há que saber escolher as melhores ferramentas e que estas sejam relevantes do ponto de vista pedagógico. Um docente não deve usar uma ferramenta só porque todos os outros usam, ou porque tem obrigatoriamente de ser um processo digital. Temos algumas sugestões para o ajudar a encontrar as melhores soluções e, com elas, tornar as suas aulas mais envolventes. Motive as crianças e jovens a participar ativamente nas suas aulas síncronas e a continuar o estudo em casa de forma produtiva. Desta vez, vamos falar sobre aulas em vídeo e os seus benefícios.

Benefícios de Usar Vídeos no Processo de Aprendizagem

Pirâmide da AprendizagemPara começar pelo benefício, à partida, mais óbvio, o facto de se tratar de um conteúdo interativo e que recorre a mais do que um sentido (visão e audição), faz com que a retenção da informação passe para 50%, segundo a Pirâmide de William Glasser. Uma diferença muito grande em comparação com a leitura, que retém, em média, apenas 10%, ou ouvir alguém falar (20%).

Storytelling, como o próprio nome indica em inglês, é a arte de contar histórias. Tem sido um tema muito debatido entre profissionais por todo o mundo, em palestras, cursos e webinars e é um conceito comummente aplicado a várias áreas da vida humana, precisamente por ser a forma mais eficaz de passar conhecimento (por parte do emissor) e de o reter (por parte do recetor). Com conteúdo em vídeo poderá usar estruturas de narrativas para conduzir as suas aulas, por exemplo, a estrutura de três atos, ou até a jornada do herói, tendo uma história como base para ensinar algo em específico. Poderá fazer com que os seus alunos se identifiquem com os personagens. Temos um artigo dedicado especialmente a este tema – pode ler aqui.
Para demonstrar alguma matéria mais complexa, pode ser útil a utilização de conteúdo em vídeo, para expor a informação de forma mais clara. Os cenários 3D são uma opção viável para criar imagens de exemplo que são impossíveis de recriar de outra forma, como o interior do corpo humano, as células, ou outro tipo de imagem na qual o professor pretenda que os seus alunos se foquem, sem distrações, sem informação desnecessária, ou até mesmo de fontes pouco fidedignas. Para explorar os cenários 3D de forma livre e fácil, aconselhamos que experimente os softwares de criação de conteúdo em 3D (não só o professor, mas também os alunos), o CoSpaces e o ThingLink. Já que falamos em cenários virtuais em 3D, poderá ainda ponderar o uso de óculos de realidade virtual e aumentada, para envolver ainda mais os seus alunos com a matéria. Conheça os headsets ClassVR e explore neles os cenários que criou nos dois softwares que aconselhamos, ou então, explore mais de 300.000 conteúdos já feitos por professores de todo o mundo, divididos por áreas de ensino.
Um vídeo bem construído e estruturado por partes aumenta a compreensão dos alunos e permite-lhes aprender ao seu próprio ritmo, parando, voltando atrás e repetindo as vezes que forem necessárias. O aluno poderá desenvolver um pensamento crítico em relação ao que está exposto em formato de vídeo, tirar notas e expor as dúvidas com o professor em momentos síncronos. Experimente passar-lhes o desafio da criação do vídeo para apresentar os seus trabalhos, abrindo as portas à sua criatividade e ajudando a desenvolver a preparação para um discurso coerente naquele formato. Desafie-os a criar guiões para os seus vídeos e a trabalhar a comunicação não verbal. O vídeo permite que os alunos se autoavaliem, como se fosse um espelho que cristaliza um momento passado.

Os trabalhos de casa nunca tiveram boa reputação, porque os alunos sentem que passam muito tempo na escola e quando estão em casa, querem ter o seu tempo de lazer. No entanto, as aulas em vídeo discriminam, ao minuto, quanto tempo o aluno vai ter de dedicar ao exercício, possibilitando uma melhor gestão do seu tempo e equilíbrio entre ócio e ofício. As aulas em vídeo podem também servir para que os mais novos entendam que em casa podem aprender ao seu próprio ritmo e que é nos momentos assíncronos que devem preparar-se para a aula seguinte. Assim, os alunos podem passar a ver os trabalhos de casa como um momento para desenvolver o seu pensamento crítico, pensando sobre o que viram no vídeo, o se passou na aula anterior e nas perguntas que vão fazer na aula seguinte. Os vídeos podem ser uma excelente forma de canalizar parte da matéria para os momentos assíncronos, como pistas a seguir e, desta forma, haver mais tempo nas aulas síncronas para debater, sendo o professor o orientador desse debate. Lembre-se da pirâmide de Glasser: debater retém, em média, 70% do conhecimento.

Como Criar Conteúdo em Vídeo de Forma Fácil

Se o que o estar a afastar da ideia de criar conteúdo em vídeo é achar que tem falta de jeito, queremos demonstrar-lhe que qualquer pessoa, com mais ou menos destreza digital ou mesmo “jeito” para este tipo de metodologia, pode facilmente criar aulas em vídeo. Veja os seus alunos a aumentar as notas e a fazer perguntas mais pertinentes durante as aulas. Para isso, basta usar a ferramenta correta. A BCN aconselha a explorar o software EdPuzzle.

Com o EdPuzzle terá acesso ao YouTube para incluir vídeos de terceiros nas suas lições, mas de forma segura, ou seja, os alunos assistem ao vídeo dentro da plataforma do EdPuzzle, onde estão a estudar, e não são distraídos com anúncios, ou outro tipo de conteúdo que nada tenha a ver com a aula. Este software permite que o professor edite o vídeo, cortando, dividindo e juntando mais do que um conteúdo de forma muito intuitiva e fácil. Junte um vídeo seu a um vídeo da infinita biblioteca que é o YouTube. O céu é o limite!

Por fim, adicione perguntas ao longo do vídeo, para que o aluno teste a sua atenção à informação que lhe foi exposta e, assim, saiba se entendeu, de facto a matéria ou não. O professor obtém os resultados do vídeo em tempo real e sabe, de imediato, que alunos erraram em quê e quais os que nem sequer fizeram o exercício, ou só fizeram uma parte. Isto permite ao professor personalizar o processo de ensino, uma vez que saberá, ao certo, o ponto de situação de cada um dos alunos e onde precisam de melhorar.

Podcast Sebenta Digital

Ainda com dúvidas quanto à ferramenta ou à eficácia deste tipo de metodologia nas suas aulas? Fale com a nossa equipa e peça uma demonstração.

A BCN ajuda instituições de ensino por todo o país a conhecer as suas próprias potencialidades e a abrir as portas ao futuro da educação. Se é educador e pretende melhorar a experiência de aprendizagem dos seus alunos em 2024, não hesite em falar com a nossa equipa para tirar todas as dúvidas.